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A ciência ainda está investigando as causas exatas do TEA, mas já se sabe que ele tem origem multifatorial. Isso significa que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante.

1) Fatores Genéticos: Estudos científicos indicam que a genética desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do TEA. Algumas evidências incluem:

Hereditariedade: Se um irmão tem TEA, há uma maior probabilidade de outro irmão também ter o transtorno. Estudos com gêmeos mostram que, quando um dos gêmeos idênticos tem autismo, o outro tem uma alta chance de também ser autista.


Vários genes envolvidos: Diferente de algumas doenças genéticas causadas por um único gene, o autismo parece estar relacionado a mutações em vários genes diferentes. Algumas dessas mutações podem ser herdadas dos pais, enquanto outras surgem espontaneamente durante o desenvolvimento do embrião.


Alterações cromossômicas: Algumas síndromes genéticas, como a Síndrome do X Frágil e a Síndrome de Rett, estão associadas ao TEA, sugerindo que mudanças no material genético podem influenciar o transtorno.

No entanto, a genética não explica tudo. Muitos casos de TEA ocorrem sem histórico familiar evidente, indicando que outros fatores também estão envolvidos.

2) Fatores Ambientais:

Os fatores ambientais são aspectos externos que podem influenciar o desenvolvimento do cérebro e aumentar o risco de TEA, especialmente durante a gestação e os primeiros anos de vida. Entre eles, destacam-se:

Complicações na gravidez e no parto: Algumas condições durante a gestação podem aumentar a chance de uma criança desenvolver TEA, como:

a) Prematuridade extrema (nascimento antes de 26 semanas);

b) Baixo peso ao nascer;

c) Privação de oxigênio no parto (hipóxia neonatal);

d) Diabetes gestacional ou hipertensão da mãe.

e) Infecções maternas: Infecções durante a gravidez, como rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus, podem interferir no desenvolvimento neurológico do bebê.

f) Exposição a substâncias tóxicas: Algumas pesquisas indicam que a exposição da mãe a poluentes ambientais, pesticidas e metais pesados pode aumentar o risco de TEA. O uso de determinados medicamentos na gestação, como o ácido valpróico (usado para tratar epilepsia), também pode estar associado ao autismo.

g) Idade dos pais: Estudos apontam que a idade avançada dos pais, especialmente do pai (acima de 40 anos), pode aumentar levemente o risco de TEA. Isso pode estar relacionado a mutações espontâneas nos espermatozoides que ocorrem com o envelhecimento.

3) O Papel da Epigenética


Além dos fatores genéticos e ambientais, os cientistas também estudam a epigenética, que é a forma como os genes são “ligados” ou “desligados” devido a influências externas. Isso significa que, mesmo que uma pessoa tenha uma predisposição genética para o TEA, o ambiente pode desempenhar um papel importante na ativação ou inativação desses genes.

4) O que NÃO causa o autismo?


Ao longo dos anos, algumas teorias infundadas e mitos foram disseminados sobre as causas do autismo. Aqui estão algumas crenças erradas que já foram desmentidas pela ciência:

Vacinas NÃO causam autismo: Essa falsa teoria surgiu em 1998, quando um estudo (que depois foi comprovado como fraudulento) sugeriu uma relação entre a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. Desde então, diversos estudos em larga escala comprovaram que não existe nenhuma ligação entre vacinas e TEA.
O autismo não é causado por “falta de afeto” dos pais: No passado, a teoria da “mãe geladeira” (que culpava mães frias e distantes pelo desenvolvimento do autismo) foi amplamente divulgada, mas hoje é reconhecida como um erro. O TEA é uma condição neurológica e não tem relação com a forma como os pais criam seus filhos.
O autismo não é causado por dieta ou alimentação inadequada: Embora algumas crianças autistas possam ter sensibilidades alimentares, não há evidências de que a alimentação cause o TEA.

Conclusão


O Transtorno do Espectro Autista tem causas multifatoriais, com uma forte base genética e possíveis influências ambientais. Ainda há muitas perguntas sem resposta, mas a ciência continua avançando para entender melhor essa condição e oferecer suporte cada vez mais eficaz para pessoas autistas e suas famílias.

Se você tem dúvidas ou quer compartilhar sua experiência, deixe um comentário! No blog Autismo e Família, estamos aqui para oferecer informação e acolhimento para você e sua família. 💙

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