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Quando recebemos o diagnóstico de autismo de um filho, um sobrinho ou neto, é como se entrássemos em um novo mundo. Surge uma avalanche de dúvidas, termos técnicos e nomes de terapias que, muitas vezes, parecem confusos para quem está apenas começando. Mas a boa notícia é que existem muitos caminhos para ajudar a criança a se desenvolver, se comunicar melhor e conquistar mais autonomia — e as terapias são ferramentas essenciais nesse processo.

Neste artigo, vamos explicar, de forma simples e detalhada, os principais tipos de terapia utilizados no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo é que você, mãe, pai ou cuidador, consiga entender cada abordagem, seus objetivos e como podem ajudar no dia a dia da criança.

A) Terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada)
A ABA é uma das abordagens mais conhecidas e estudadas no tratamento do autismo. Seu objetivo é ensinar habilidades sociais, acadêmicas e comportamentais, reduzindo comportamentos que atrapalham o desenvolvimento da criança.

🔹 Como funciona?
Através de reforços positivos, a criança aprende a repetir comportamentos desejados (como olhar nos olhos, usar palavras ou gestos para se comunicar) e, aos poucos, vai internalizando essas ações no dia a dia.

🔹 Para quem é indicada?
Crianças de todas as idades, especialmente quando iniciada precocemente.

🔹 Dica para os pais:
Procure profissionais com formação específica em ABA e que usem a abordagem de forma ética e respeitosa, adaptando às necessidades da criança.

A ciência ABA pode ser aplicada em diversas modalidades de terapias como:

1) Terapia Ocupacional (TO)

A Terapia Ocupacional ajuda a criança autista a desenvolver sua autonomia e independência nas atividades do dia a dia, como comer, se vestir, tomar banho, brincar ou escrever.
🔹 Como funciona?
A terapeuta ocupacional utiliza brincadeiras e estratégias lúdicas para treinar habilidades motoras, sensoriais e cognitivas.
🔹 Trabalha também com:
Integração sensorial — um campo muito importante para crianças que são sensíveis ao toque, som ou cheiros.
🔹 Benefícios práticos:
Ajuda a criança a ter mais conforto e segurança em ambientes escolares, sociais e domésticos.

2) Fonoaudiologia

A Fonoaudiologia é a terapia que trabalha a comunicação verbal e não verbal. Muitas crianças autistas têm atrasos na fala, dificuldade de iniciar uma conversa ou de compreender regras sociais de comunicação.

🔹 Objetivos da terapia:
Estimular a fala, melhorar a articulação das palavras, desenvolver habilidades de linguagem (mesmo que a criança não fale) e trabalhar a comunicação alternativa (como uso de imagens ou gestos).

🔹 Importante saber:
Nem toda criança autista será verbal. A fonoaudióloga também pode ajudar a desenvolver meios alternativos para que a criança se comunique com o mundo.

3) Psicologia / Psicoterapia

A terapia com psicólogos especializados em TEA é essencial para trabalhar questões emocionais, comportamentais e sociais da criança — especialmente quando surgem crises, ansiedade, medos ou dificuldades na socialização.

🔹 Foco:
Trabalhar emoções, comportamento e autoestima. Em crianças maiores e adolescentes, pode ser muito útil para lidar com frustrações e fortalecer a identidade.

🔹 Para os pais também:
Muitos psicólogos também oferecem suporte familiar, com orientação para os cuidadores, ajudando a lidar com os desafios do dia a dia.

4) Musicoterapia

A Musicoterapia utiliza sons, músicas e instrumentos como forma de promover o desenvolvimento social, emocional e sensorial da criança.

🔹 Como funciona?
Através de atividades musicais guiadas por um profissional, a criança se expressa, interage e desenvolve a coordenação e a atenção.

🔹 Para quem é indicada?
Crianças que têm interesse por sons ou dificuldades de comunicação verbal se beneficiam bastante dessa terapia.

5) Fisioterapia

A Fisioterapia pode ser indicada quando há atrasos motores, dificuldades de equilíbrio, coordenação motora grossa (como correr, pular) ou postura inadequada.

🔹 Objetivo:
Melhorar o controle corporal e promover mais segurança nos movimentos, o que impacta diretamente na autonomia da criança.

B) Terapia Comportamental Naturalista (como Denver)

O modelo Denver (ESDM) é uma terapia que trabalha o desenvolvimento da criança de forma lúdica, interativa e dentro do ambiente natural, como em casa ou na escola.

🔹 Diferencial:
As aprendizagens são feitas no contexto das brincadeiras e da rotina, respeitando o ritmo da criança e estimulando habilidades sociais.
🔹 Indicação:
Muito eficaz quando iniciada precocemente, especialmente para crianças pequenas.

C) Intervenção com Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA)

Para crianças não verbais ou com dificuldades severas de comunicação, a CAA oferece recursos como pranchas de imagens, aplicativos e gestos para que possam se comunicar de forma funcional.
🔹 Objetivo:
Dar voz à criança de outra maneira, promovendo autonomia e reduzindo frustrações.

    🧡 Conclusão: cada criança é única, e o tratamento também

    Querida família, não existe uma “receita” ou caminho único. O ideal é que uma equipe multidisciplinar avalie a criança e indique as terapias mais adequadas, de forma personalizada.
    O mais importante é lembrar: quanto mais cedo começamos, maiores são as chances de avanços significativos. Mas nunca é tarde para buscar ajuda.
    Nós, do blog Autismo e Família, passamos por esse caminho na prática, com dúvidas, medos e muitas descobertas. E estamos aqui para caminhar com você. Conte conosco nessa jornada!

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